20 dezembro 2014

A time to look inside and ask big questions.

I feel that words cada vez mais, menos servem para comunicar.

Não estou a dizer que communication is useless...

Ok, sem misturas. Embora que as misturas permitam encontrar formas mais adequadas ao que se pretende comunicar.     ...

A linguagem. É algo útil e algo que nos permite comunicar. Isto é bom. É usada para expressar o que sentimos e pensamos. E o que pensamos pode ser ilimitado. A nossa mente, a nossa imaginação só conhece os limites que criamos, consciente ou inconscientemente. Ou seja, sendo a nossa mente um recurso ilimitado e a linguagem é uma forma de mostrar... expressar/comunicar o que pensamos. Estamos então a usar algo limitado para expressar algo ilimitado. E isto cria problemas. E cada vez mais sinto que a limitação da linguagem dificulta o desenvolvimento e partilha de ideias. A história de Babel começa a fazer muito sentido. A falta de uma forma de comunicar que esteja ao nível e ritmo dos nossos pensamentos cria confusão. Abranda a evolução cognitiva e social. Como podemos comunicar com outra pessoa, sabendo que a forma que usamos para comunicar é ineficaz em transmitir tudo que queremos passar. Sem contar que, a linguagem ao ser expressa já perde informação e depois quem a recebe, perde mais informação pois interpreta a comunicação que recebeu de acordo com a sua percepção da linguagem e isto é... caótico. Por vezes fico espantado como muitas ideias são capazes de ser correctamente explicadas.

A comunicação não agressiva, algo que reconheço a importância é uma excelente ferramenta. Contudo também é limitada, mas melhor do que aquilo que agora se pratica.

Mas é preciso mais. Talvez só palavras não cheguem. Talvez seja necessário usar várias línguas em conjunto para podermos expressar o que realmente pensamos. Talvez o Ego deva ser abolido quando comunicamos e quando ouvimos. Talvez tenha que se criar uma simbiose entre o oral, gestual... não sei. Ainda estou a pensar nisso. Podemos enriquecer o nosso vocabulário, mas nunca será suficiente. Apenas será melhor. E apenas por isso já vale a pena... mas mesmo assim, a pergunta perdura... Como podemos garantir que tudo que pensamos pode ser exactamente expresso a outros? Com Arte? é necessária: Interpretação. Música? Dança? Interpretação. Artes Marciais, Parkour? Interpretação.

bah. E ainda nem vou começar na limitação do corpo para acompanhar o ritmo das ideias. Enquanto falamos, este processo físico é linear e preso no tempo. Existe um antes, um agora e um depois. Enquanto o pensamento flui em todas as dimensões. O pensamento pode ser linear ou não. Pode estar preso no agora... ou com prática é livre do tempo. São pensamentos, não são acções físicas. Logo a dimensão "tempo" não se aplica. Podemos passar fisicamente um minuto parados a olhar para uma gota de orvalho e no pensamento criamos civilizações e diversas realidades paralelas. Na mente o tempo é irreal. Apenas gostamos de acreditar que é real, porque trabalhamos muito por analogias. Pensamos de forma análogo como vemos o mundo. Isso ajuda, mas também limita. E desta limitação, as ideias são criadas, igualmente limitadas logo na raiz. Isto porque limitamos o que pensamos à realidade que vemos fisicamente. E quando fazemos isto, estamos a condicionar todas as realidades que podem ser possíveis. Estamos a cegar-nos para um futuro, não concebível com o que existe agora, mas quando estamos livres do que é agora... ficamos livres para tudo que pode ser.   bahh... novamente, estes dedos... estas cordas vocais são insuficientes para expressar tudo que satura o meu cérebro. Quero colocar tudo cá fora. Expressar tudo... mas como, quando a linguagem e o tempo são condicionantes? Devo simplesmente deitar tudo em papel e esperar que um dia, haja alguém que faça sentido disto tudo? Ou passar mais tempo a adquirir capacidades e conhecer melhor as pessoas para compreender a melhor forma de expressar ideias? Ou devo tomar outro caminho. Um mais iterativo? Atira o barro à parede e depois trabalha a partir daí?

...

ah... escolhas, escolhas, escolhas...

Tenham um bom dia.
Paul

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